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Golpistas atacam pelo celular

Estelionatários aplicam golpes via telefone- Clientes devem desconfiar de promoções por meio de celular.

Salvador(BA) - Um mês se passou e Andréa* aguarda o recebimento do carro que teria ganho numa suposta promoção realizada pela emissor de televisão SBT. Ela foi comunicada do prêmio via celular no último dia 23 de junho. Na mensagem que recebeu, Andréa foi orientada a ligar para um determinado número telefônico, cujo DDD era da cidade de São Paulo, e informar os dados pessoais dela, como número do CPF e da carteira de identidade.

"Quando estava perto de concluir o cadastro para receber meu prêmio, a mulher que dizia ser funcionária do SBT perguntou se não queria ganhar também uma casa. Respondi que sim e ela pediu que fizesse, inicialmente, uma recarga no valor de R$ 200 para um celular da operadora TIM. Fiz a recarga, mas não recebi nada", lamenta.

O que Andréa não sabia era que a promoção não passava de uma fraude e que a mulher que estava do outro lado da linha era uma estelionatária. A alegria de ter ganho um carro zero logo se transformou num prejuízo de R$ 500. "Só descobri que era fraude depois de ter feito outra recarga no valor R$ 300 e de quase ter feito um depósito de R$ 200 na Caixa Econômica", diz a moça, que, desconfiada, procurou o gerente da agência indicada pela estelionatária.

"Chegando lá, o gerente da agência me disse que não existia ninguém com o nome dado pela estelionatária", informa ela, decepcionada por ter sido vítima do golpe. "O pior é que só desconfiei depois, porque ela ligava a cobrar para minha casa", revela a vítima. A assessoria de imprensa do SBT informa que não faz este tipo de promoção por celular e que mensagens com tal teor devem ser ignoradas.

Golpe semelhante é aplicado por meio de telefone fixo. Segundo uma vítima que não quer ter o nome revelado, um golpista pediu que ela comprasse créditos para celular a fim de validar o prêmio. "Como, por engano comprei cartão telefônico, ele perguntou se não tinha R$ 300 para depositar", diz ela, que não prestou queixa na polícia.

Para não cair na fraude, a Delegacia de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Dreof) recomenda que as pessoas não acreditem em promoções e publicidades recebidas via celular e que nunca cedam dados pessoais por telefone; e, no caso de suspeitar de extorsão, procurar a delegacia.


Fonte: A Tarde

Senado vai contratar empresa de segurança

BRASILIA(DF) - O Senado anunciou terça-feira (14) uma licitação para gastar R$ 10 milhões por ano na contratação de 239 novos seguranças terceirizados para proteger senadores, servidores e os prédios da instituição.

A solução para economizar esse dinheiro, no entanto, está escondida em gabinetes e secretarias da Casa. Há pelo menos 190 servidores efetivos do Senado registrados como policiais legislativos, mas em desvios de função, segundo levantamento feito pela reportagem Esses funcionários deveriam, teoricamente, atuar na segurança da Casa, mas cumprem expediente nos gabinetes dos senadores e nas secretarias, passando longe da tarefa de polícia.

Em 18 de setembro de 2003, um ato da Mesa Diretora, então presidida por José Sarney (PMDB-AP) pela segunda vez, transformou 146 servidores do setor de transportes - a maioria motoristas - em policiais legislativos, numa manobra comandada pelo então diretor-geral, Agaciel Maia, que acabou elevando os salários de muitos desses funcionários.

Na prática, porém, ninguém virou policial interno. Nada mudou. A expressão "policial legislativo federal" aparece só no contracheque, que varia de R$ 8 mil a R$ 20 mil, dependendo do tempo de serviço e gratificações.

Em vez de atuar na proteção do Senado, essas pessoas foram deslocadas para tarefas administrativas, enquanto a Casa gasta milhões na terceirização do setor. A reportagem identificou, com base no 'Portal da Transparência', policiais efetivos nos gabinetes de 28 senadores, duas lideranças partidárias, serviço médico, diretoria-geral, comissões permanentes e setores como geração de energia, arquivo, eventos, produção jornalística (TV e Rádio Senado), além de várias outras secretarias.

Na Subsecretaria de Obras, por exemplo, trabalham dois policiais. Outros três cumprem expediente na Subsecretaria de Convergência Tecnológica. Um cuida da "manutenção de veículos", outro cumpre expediente no serviço de multimídia da gráfica, e mais três trabalham no serviço de "impressão eletrônica" do mesmo setor.

Sobra, oficialmente, um contingente de 150 servidores efetivos trabalhando de fato para a Polícia Legislativa, que se divide em quatro subsecretarias. Desse montante, 90 são lotados no policiamento diurno e noturno, tarefa que consta na licitação divulgada hoje.

O comando da polícia alega que esses funcionários - alguns concursados e outros efetivados nos anos 80 no famoso "trem da alegria" do então presidente da Casa, Moacyr Dalla (ES)- já estão ocupados com outras tarefas e não podem assumir a missão destinada às empresas terceirizadas.

A Polícia do Senado sempre foi um braço político de Agaciel Maia dentro da Casa. O diretor dela, Pedro Ricardo Araújo, é aliado de Agaciel e do ex-presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). A terceirização de mão de obra tem sido um foco de suspeita de corrupção nos últimos anos. Uma sindicância interna, a pedido da primeira secretaria, detectou falhas em 34 contratos, inclusive de vigilância interna.

A licitação para contratar esse serviço externo está marcada para o próximo dia 27. Quem vencer a próxima concorrência vai assumir a segurança de 126 postos de vigilância armada e desarmada do Senado. O edital foi preparado a partir de um projeto da própria Polícia Legislativa.

O texto do edital divulgado coincide com funções que deveriam ser exercidas pela polícia da Casa. Segundo o documento, a empresa vencedora deverá receber cerca de R$ 762 mil por mês para fazer segurança dos "bens patrimoniais" e o resguardo "da segurança física das autoridades, servidores e usuários" e das "instalações físicas", além do controle de acesso aos prédios do Senado e das residências oficiais dos senadores.

Na residência da presidência da Casa, ocupada por José Sarney, quatro seguranças serão terceirizados. Eles vão se juntar a oficiais do Exército e 14 policiais efetivos que atuam na segurança de Sarney, que tem o direito de usar as Forças Armadas por ser ex-presidente da República. A empresa contratada terá que fazer, por exemplo, rondas ostensivas e impedir o acesso de pessoas "suspeitas", função que cabe, segundo o regimento interno, à Polícia do Senado.

O regulamento administrativo é claro: a Polícia Legislativa deve cuidar, entre outras coisas, do "policiamento ostensivo" para proteção das autoridades e dos servidores, além do controle do acesso de pessoas às dependências do Senado.



Fonte: Agência Estado

Armas não letais

Vigilantes vão trabalhar com armas não letais no comércio

SALVADOR(BA) -Com a regulamentação da Portaria Federal 387/2006 na semana passada - permitindo que os cerca de 410 mil vigilantes do país usem armas não letais e algemas -, pelo menos quatro estabelecimentos comerciais de Salvador anunciaram que vão equipar seus funcionários com armas de choque e spray de pimenta.

Um dos maiores centros comerciais da cidade, o Shopping Barra já se prepara para adotar a portaria ainda neste ano. Segundo Alexandre Manzalli, diretor de operações da Ena Shopp, empresa que administra o Barra, as despesas com a compra das armas e o treinamento dos funcionários serão incluídas no plano de segurança, orçado em R$2,3 milhões.

"Tudo que for necessário em termos de tecnologia para garantir a segurança de nossos clientes será feito", afirmou Manzalli, destacando as ações já implementadas pelo shopping , como a instalação de sistemas de comunicação via rádio, controle de acesso, alarmes e acionamento individual para uso de seguranças e lojistas.

Além do Barra, a rede de supermercados Hiperideal também vai adotar as armas de choque. "Daqui a 90 dias, todos os seguranças das lojas estarão usando as armas não letais", declarou José Humberto de Souza, dono da rede. Para ele, a portaria é um avanço nas ações destinadas a contribuir com a segurança pública. "Esses instrumentos vão reduzir o número de abordagens violentas".

Prestação de serviço

Uma empresa de segurança de Salvador, consultada pela reportagem, disse que vai comprar os equipamentos, assegurou o empresário Horácio Castro. A empresa, que tem como clientes agências bancárias e uma instituição federal , vai desembolsar cerca de R$ 10 mil para manter as pistolas em estoque.

Castro lembrou o fatídico episódio ocorrido em novembro do ano passado, em que um segurança de uma rede de lojas matou um cliente, um ambulante, após uma discussão dentro de uma loja em São Paulo. "Se o segurança estivesse munido com uma taser ou spray de pimenta, com certeza a situação seria outra", afirmou.

Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado da Bahia, Odair Conceição, dono de uma empresa de segurança na capital, também vai equipar seus funcionários com armas não letais. Segundo ele, em um shopping, por exemplo, essas armas podem ser usadas por profissionais que trabalham em estacionamento ou no interior do estabelecimento, onde há grande circulação de clientes. Ele acredita que as 135 empresas de segurança registradas no estado devam aderir à portaria.

Vigilantes precisam passar por curso

De acordo com a portaria 387/2006, atualizada e regulamentada pela Polícia Federal, os seguranças, para usar as armas, terão de fazer curso específico. A resolução determina ainda que armas de calibres 32 e 38 só podem ser usadas por vigilantes que trabalham em bancos, fazem transporte de valores ou escolta de caminhões de carga.

Mas todos vão poder agora usar armas não letais, antes exclusivas da polícia e guardas municipais, entre elas o spray de pimenta, as algemas e a pistola de choque. Todo esse material só entra no Brasil com autorização do Exército e o uso é fiscalizado pela Polícia Federal.

'É uma vitória da classe pois, desde 2006, aguardávamos isso', disse o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança da Bahia, Odair Conceição, em referência aos quase três anos de espera pela aprovação. Segundo ele, o motivo de tanta lentidão foi o parecer do Exército Brasileiro para determinar as empresas responsáveis pela vendas dos armamentos.



Fonte: Correio da Bahia