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Empresas de seguranças extraviaram 17 mil armas desde 2003

Cerca de 17 mil armas foram extraviadas de empresas de segurança privada no Brasil desde 2003, por furto ou perda. A informação foi divulgada pela Coordenação Geral de Controle da Segurança Privada da Polícia Federal.

O total extraviado nos últimos cinco anos equivale a todo o arsenal das Polícias Civis da Região Norte e do estado de Goiás (estimado em 17 mil pelo Ministério da Justiça). O número também supera o total de apreensões de armamento em todo o estado do Rio de Janeiro no ano passado (11.062 armas).

A Polícia Federal não é capaz de dizer qual o destino de todo esse armamento perdido ou furtado das empresas de segurança privada, mas, segundo o coordenador de Controle da Segurança Privada da instituição, delegado Adelar Anderle, é provável que parte das armas pare nas mãos de criminosos.

O extravio do armamento mantido pelas empresas privadas e seus vigilantes para as mãos de criminosos já havia chamado a atenção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas, da Câmara dos Deputados, que encerrou os trabalhos no final de 2006. O relatório final da CPI revelou que, das mais de 10 mil armas apreendidas com criminosos e rastreadas pela Polícia Civil no estado do Rio de Janeiro, entre 1998 e 2003, 17% pertenciam a empresas de segurança privada.

De acordo com Anderle, o controle da Polícia Federal sobre essas armas é rigoroso e a maior parte delas armas sai das mãos dos vigilantes em assaltos em que os criminosos roubam os revólveres ou espingardas do segurança. Desde 2003, cerca de 15.400 armas foram grandes tanto de recursos humanos quanto de recursos tecnológicos de bases de dados, para que se tenha controle dessas empresas, principalmente porque é um mercado muito novo e que tem se expandido de forma muito rápida. “Isso também dificulta o controle”, disse o pesquisador.

Para ele, a fiscalização tem melhorado nos últimos anos, por pressão das próprias empresas de segurança privada. As firmas maiores e mais consolidadas no mercado brasileiro têm interesse em maior regulação do setor: "As empresas regularizadas, que são um setor muito forte, que só tem crescido, só têm a ganhar com a Polícia exercendo uma fiscalização eficaz sobre as empresas clandestinas." O coordenador de Controle da Segurança Privada, delegado Adelar Anderle reconhece que a Polícia Federal não tem recursos para fiscalizar todas as empresas de segurança privada, mas ressalta que a instituição conta com a ajuda de outras empresas e da própria sociedade para denunciar irregularidades.

No entanto, disse ele, a Polícia Federal tem buscado melhorar seus serviços, com ações como a implantação de um novo sistema de gerenciamento da segurança privada (Gesp), desde 2006, e a realização das chamadas operações varredura, de fiscalização em cada estado, desde fevereiro deste ano.

As operações desse tipo são realizadas por equipes de 30 agentes sendo um policial de cada estado e mais três da coordenação. Eles passam uma semana fazendo fiscalizações em um estado escolhido para o combate a ações clandestinas de vigilância privada.



Fonte: Guia Global