
O Sindesp lançou uma campanha de conscientização, visando alertar o cliente que contrata o serviço de segurança. “A população começou a entender o que é segurança privada. Tivemos grandes resultados nesse sentido. Isso contribui para moralizar o setor, que teve a imagem desgastada naquele episódio do estudante”, afirma o presidente do Sindesp-PR, Jéferson Nazário.
Por outro lado, Nazário conta que as empresas estão mais criteriosas para contratar os vigilantes. “Todos estão tomando mais cuidado. Além dos cursos de qualificação, alguns estão aplicando avaliações psicológicas. Tudo para minimizar o risco de contratar pessoa que possam oferecer algum tipo de perigo para a sociedade”, afirma.
Já a Polícia Federal no Paraná promoveu ações para reprimir as irregularidades verificas. A Operação Varredura, desencadeada em todo o País, resultou no encerramento das atividades de 162 empresas de segurança privada no Estado. Na ocasião, o Sindesp-PR identificou 730 empresas cadastradas na Junta Comercial do Paraná, das quais apenas 67 empresas estariam autorizadas pela PF a atuar.
A Centronic, empresa onde atuavam os acusados de matar Bruno, teve o registro de funcionamento cassado pela PF após o ocorrido. No entanto, continua funcionando. Para a PF, a Centronic teria sido negligente na contratação dos vigilantes.
De acordo com o coordenador-geral de Controle de Segurança Privada da PF, Adelar Anderle, o órgão só poderá tomar uma medida concreta para encerrar as atividades da Centronic após o transito em julgado da última instância. Para Anderle, o controle dos empregados é dever da empresa.
O advogado que atende a Centronic, Elias Mattar, ressalta que o último recurso tomado pela empresa agora segue para a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele acredita que a decisão deve sair em 30 dias. Para Mattar, o cancelamento do registro de funcionamento da Centronic “é radical demais”.
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