Por Silvana Blesa
Treze duplos homicídios, dez triplos e três chacinas, sendo a maior delas com sete inocentes mortos. É o retrato da tragédia em que se transformou a segurança pública em Salvador e no Estado. Estes números contribuíram para transformar o primeiro semestre de 2008 no mais sangrento dos últimos anos. No ano passado, de janeiro a junho, ocorreram em Salvador e RMS 768 homicídios. Este ano, no mesmo período, o crescimento da violência foi assustador, com o registro de 1.122 assassinatos. Quase o dobro em comparação aos números do mesmo período do ano anterior. E são dados oficiais, do Centro de Documentação e Estatística da Polícia Civil (Cedep). Deste total, pelo menos 90% estariam relacionados com o tráfico de drogas. As causas das mortes estão ligadas ao crescimento do tráfico na cidade e às deficiências do aparelho estatal de segurança pública. Módulos da Polícia Militar, importantes na prevenção e no policiamento ostensivo, estão fechados ou destruídos nos bairros de maior incidência criminal. Nas delegacias, transformadas em depósito de presos da Justiça, os agentes policiais trabalham em condições precárias. As estatísticas revelam uma média de 7 a 9 homicídios por dia em Salvador e RMS, enquanto no ano passado aconteciam entre 3 e 4 assassinatos. Nos primeiros seis meses de 2007, o Centro de Documentação e Estatística da Polícia (Cedep) tinha registrado um triplo homicídio em maio e uma chacina em junho. O aumento do número de mortes chega a 46%, comparando-se o primeiro semestre deste ano com o do ano passado. A delegada Inalda Cavalcante titular da Delegacia de Homicídio confirma que a maioria das mortes tem ligação com o tráfico de drogas. As palavras da delegada mostram claro que as chacinas tanto de Mussurunga, quando sete pessoas inocentes foram executadas, e a do Alto das Pombas/Calabar, com quatro executados, tinham ligação direta ou indiretamente com o tráfico de drogas. No primeiro caso, que vitimou sete trabalhadores sem nenhum vínculo com a criminalidade, as execuções foram cometidas por traficantes que disputam o controle do tráfico na Baixinha de Mussurunga. Na chacina do Alto das Pombas, segundo informações da polícia, os quatro rapazes mortos faziam parte de uma quadrilha que disputa o comando do tráfico na localidade. Esse é o triste caminho por onde a primeira capital do Brasil está trilhando. A população vive amedrontada. Sair de casa para se divertir ou qualquer outra atividade tornou-se um ato de coragem, porque muitos acabam não retornando aos seus lares, como aconteceu no último domingo no bairro do Garcia. Neste dia, um grupo de amigos assistia ao jogo do Vitória X Portuguesa, e um bando formado por 12 homens armados chegou atirando contra as pessoas que se encontravam no estabelecimento, matando na hora o deficiente físico Valdir Ferreira da Costa, 43 anos. Seis pessoas ficaram feridas, entras elas o tenente PM Raimundo Gomes Barroso Neto, 27, que seria o alvo dos atiradores. José Lauro Marques, 47, o “Zé do gás” foi ferido com gravidade e assim como o policial ainda está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). Na Rua Prediliano Pita, onde aconteceu o ataque e nas proximidades, os moradores estão temendo um novo atentado e poucos ousam ficar nas ruas, principalmente durante a noite. O delegado chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, afirma que a polícia está atuante no combate à criminalidade, principalmente nos bairros considerados de maior índice de violência, com operações constantes nos finais de semana, quando o número de mortes é mais elevado. Bispo descarta a existência de crime organizado na capital, e assegura que a polícia está preparada e atenta.
Treze duplos homicídios, dez triplos e três chacinas, sendo a maior delas com sete inocentes mortos. É o retrato da tragédia em que se transformou a segurança pública em Salvador e no Estado. Estes números contribuíram para transformar o primeiro semestre de 2008 no mais sangrento dos últimos anos. No ano passado, de janeiro a junho, ocorreram em Salvador e RMS 768 homicídios. Este ano, no mesmo período, o crescimento da violência foi assustador, com o registro de 1.122 assassinatos. Quase o dobro em comparação aos números do mesmo período do ano anterior. E são dados oficiais, do Centro de Documentação e Estatística da Polícia Civil (Cedep). Deste total, pelo menos 90% estariam relacionados com o tráfico de drogas. As causas das mortes estão ligadas ao crescimento do tráfico na cidade e às deficiências do aparelho estatal de segurança pública. Módulos da Polícia Militar, importantes na prevenção e no policiamento ostensivo, estão fechados ou destruídos nos bairros de maior incidência criminal. Nas delegacias, transformadas em depósito de presos da Justiça, os agentes policiais trabalham em condições precárias. As estatísticas revelam uma média de 7 a 9 homicídios por dia em Salvador e RMS, enquanto no ano passado aconteciam entre 3 e 4 assassinatos. Nos primeiros seis meses de 2007, o Centro de Documentação e Estatística da Polícia (Cedep) tinha registrado um triplo homicídio em maio e uma chacina em junho. O aumento do número de mortes chega a 46%, comparando-se o primeiro semestre deste ano com o do ano passado. A delegada Inalda Cavalcante titular da Delegacia de Homicídio confirma que a maioria das mortes tem ligação com o tráfico de drogas. As palavras da delegada mostram claro que as chacinas tanto de Mussurunga, quando sete pessoas inocentes foram executadas, e a do Alto das Pombas/Calabar, com quatro executados, tinham ligação direta ou indiretamente com o tráfico de drogas. No primeiro caso, que vitimou sete trabalhadores sem nenhum vínculo com a criminalidade, as execuções foram cometidas por traficantes que disputam o controle do tráfico na Baixinha de Mussurunga. Na chacina do Alto das Pombas, segundo informações da polícia, os quatro rapazes mortos faziam parte de uma quadrilha que disputa o comando do tráfico na localidade. Esse é o triste caminho por onde a primeira capital do Brasil está trilhando. A população vive amedrontada. Sair de casa para se divertir ou qualquer outra atividade tornou-se um ato de coragem, porque muitos acabam não retornando aos seus lares, como aconteceu no último domingo no bairro do Garcia. Neste dia, um grupo de amigos assistia ao jogo do Vitória X Portuguesa, e um bando formado por 12 homens armados chegou atirando contra as pessoas que se encontravam no estabelecimento, matando na hora o deficiente físico Valdir Ferreira da Costa, 43 anos. Seis pessoas ficaram feridas, entras elas o tenente PM Raimundo Gomes Barroso Neto, 27, que seria o alvo dos atiradores. José Lauro Marques, 47, o “Zé do gás” foi ferido com gravidade e assim como o policial ainda está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). Na Rua Prediliano Pita, onde aconteceu o ataque e nas proximidades, os moradores estão temendo um novo atentado e poucos ousam ficar nas ruas, principalmente durante a noite. O delegado chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, afirma que a polícia está atuante no combate à criminalidade, principalmente nos bairros considerados de maior índice de violência, com operações constantes nos finais de semana, quando o número de mortes é mais elevado. Bispo descarta a existência de crime organizado na capital, e assegura que a polícia está preparada e atenta.